O mês de outubro é dedicado às ações sociais e atividades que, tem como foco a conscientização da população sobre o câncer de mama, especialmente o público.

O câncer ainda é a segunda maior causa de mortes, e o de mama atualmente é o tipo que mais aflige as mulheres em todo o mundo. Segundo pesquisas, uma em cada oito mulheres podem desenvolver essa doença ao longo da vida.

Ao considerar essas questões, surgiu o movimento Outubro Rosa, que visa alertar e trazer conhecimento para as mulheres a respeito dos cuidados que podem e devem ter, já que quanto mais cedo for o diagnóstico, maiores são as chances de cura.

Fatores de risco para o câncer de mama

Estar plenamente consciente do significado e impacto do Outubro Rosa é fundamental para reconhecer os desafios que ele aborda e aprender a enfrentá-los da maneira mais eficaz. O entendimento dos aspectos cruciais desta campanha faz toda a diferença ao se identificar os problemas que ela visa combater, permitindo-nos abordá-los de maneira informada e proativa. Dentre os fatores de risco associados ao câncer de mama, destacam-se: hábitos de vida não saudáveis que incluem consumo de bebidas alcoólicas, sedentarismo, sobrepeso e tabagismo; idade em que se inicia a menstruação (antes dos 12 anos) e a menopausa ocorre tardiamente (após 55 anos); uso prolongado de contraceptivos com doses hormonais elevadas; nuliparidade, ou seja, não ter tido filhos; gravidez ocorrendo após os 30 anos de idade; e predisposição genética hereditária.

Dessa forma, cada detalhe dos sintomas deve ser cuidadosamente considerado e a precaução deve ser priorizada. Quando se trata de saúde, colocá-la como prioridade é sempre crucial. A respeito do exame para detecção do câncer de mama, a campanha do Outubro Rosa enfatiza que toda mulher deve realizar o autoexame das mamas, uma prática que pode ser incorporada ao banho, troca de roupas ou outras situações do cotidiano.

Ademais, é de extrema importância submeter-se a um exame clínico das mamas realizado anualmente por um profissional de saúde especializado, especialmente para mulheres entre 40 e 49 anos. Se quaisquer achados anormais forem identificados, a prescrição de uma mamografia é indicada. Mulheres com idades entre 50 e 69 anos devem realizar a mamografia a cada dois anos, mesmo na ausência de sintomas, como parte da estratégia preventiva recomendada. O comprometimento com essas práticas preventivas é um passo significativo em direção ao cuidado com a saúde e à detecção precoce de qualquer condição que possa surgir.

A importância da mamografia

De acordo com o Instituto Oncoguia, reconhecer a importância de detectar o câncer de forma precoce é crucial, já que isso pode representar uma diferença significativa nas chances de recuperação. Surpreendentemente, estudos revelam que 95% dos casos identificados em estágios iniciais têm uma possibilidade real de cura. Diante desse cenário, a mamografia emerge como um componente essencial no esforço de rastreamento e detecção dessa doença devastadora.

No entanto, apesar da evidente importância da mamografia, a cobertura média oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para mulheres ainda se mantém em torno de apenas 20%. Esse percentual já alarmante foi ainda mais afetado durante o período da pandemia, com uma queda pronunciada nos números.

A redução acentuada na realização desse exame crucial expõe um risco potencial para inúmeras mulheres, destacando a urgência da conscientização e mobilização em torno dessa questão vital. É um lembrete contundente de que a campanha em prol do rastreamento do câncer, como a mamografia, não deve apenas persistir, mas ser intensificada em sua abrangência e alcance, a fim de garantir que todas as mulheres tenham acesso à detecção precoce e às chances de cura que ela proporciona.

EXAMES PREVENTIVOS

Auto-exame

O exame é feito em pé e pode ser realizado durante o banho. Levante o braço esquerdo sobre a cabeça, com a mão direita sinta o seio fazendo movimentos circulares de cima para baixo. Após isso, repita o movimento no outro seio.

Mamografia

A mamografia é o principal exame de rastreamento do câncer de mama, ele permite a visualização interna das mamas. O câncer de mama em estágio inicial geralmente assume a forma de microcalcificações, que na radiografia assumem a forma de áreas brancas, assim como os ossos, porque transmitem muito menos radiação. Quando o câncer está em fase inicial, é muito difícil ser detectactado apenas pelo auto-exame, por isso a importância de sempre realizar a mamografia.

Ultrassom de mama

A ultrassonografia mamária realizada regularmente permite detectar tumores em um estágio inicial, o que afeta significativamente a eficácia do tratamento. Este método também é usado durante o tratamento - para avaliar seu progresso. A ultrassonografia mamária também é realizada quando há suspeita de abscesso mamário, cisto mamário em mulheres lactantes, após lesões mamárias - para detectar um hematoma e avaliar danos, ou antes e depois da cirurgia de correção mamária.

TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA

Na oncologia moderna, o chamado tratamento combinado multidisciplinar, que inclui métodos de tratamento local (cirurgia e irradiação) e tratamento sistêmico (quimioterapia, terapia hormonal, terapia alvo molecular, imunoterapia).

A escolha de uma estratégia de tratamento adequada depende de muitos fatores prognósticos e preditivos. Os mais importantes são: estágio clínico, subtipo biológico e os resultados de testes moleculares.

A cirurgia continua sendo o método básico de tratamento do câncer de mama. A cirurgia do câncer de mama inclui procedimentos diagnósticos, terapêuticos e reconstrutivos. Após o tratamento cirúrgico, é possível utilizar tratamento adjuvante (radioterapia, tratamento sistêmico).